
“O tempo que eu perdi. Só agora eu sei”, o projeto paralelo de Rodrigo Amarante, Fabrizio Moretti e Binki Shapiro, pode ser descrito por essa frase da música "Evaporar" que fecha o primeiro álbum da banda. O tempo passou e alguns projetos dos músicos ficaram engavetados por anos, mas desde 2008 o Little Joy veio à tona e foi muito bem representado na noite dessa última sexta-feira, no Music Hall em Belo Horizonte.
O show que durou pouco mais de uma hora e que lotou o Music Hall fez com que o público vibrasse e cantasse as músicas do grupo. Fabrizio Moretti repleto de “tietes” e muito charmoso com um cigarro no canto da boca, típico de um bom guitarrista de rock'n'roll. Amarante, com seu estilo a lá Los Hermanos, esbanjava tua voz e a felicidade da concretização desse projeto. Já a Shapiro trouxe uma rememoração dos tempos da Rita Lee no Mutantes. As canções em que ela faz o vocal, como a "Unattainable", deixou claro a semelhança. Um jeito meio tímido, porém com total competência tanto no vocal como na escaleta e nos teclados.
O grupo acompanhado pelos músicos Matt Romano (bateria), Todd Dahlhoff (baixo) e Noah Georgeson (guitarra, lockenspiel e teclados), deixou bem claro para o público que o Little Joy é uma verdadeira diversão no palco. Em certo momento Amarante até atreveu-se a tocar teclado. Para aqueles que esperavam alguma interpretação do The Strokes ou do Los Hermanos, uma frustração, mas para quem esperava ouvir um bom e “novo” Rock'n'Roll, muita emoção e elevação da temperatura na grande BH.
Felipe Pedrosa
6 comentários:
muito bom.
Muito bacana seu olhar sobre o show do Little Joy.
Observador, conseguiu interpretar cada gesto. Além de fazer boas comparações dos integrantes da banda.
Gostosa leitura!
Ps.: Fabrizioooooooooo. Rs!
Bjo.
Como diria o apresentador Serginho Groissman, "muito bom" "muito bom" foi a sua brilhante cobertura neste Show Pedrosa... Ratificando cada vez mais a sua veia "cultural" para escrever matérias do gênero!!!
Cara, fiquei bastante curioso quando ouvi falar do Litle Joy.
Na minha concepção achei uma banda estranha. Esse Amarante é um cara sinistro. Ainda, junto ao baterista dos Strokes.
Um dia desses vi um clip deles e achei bastante parecido com o The Strokes, só que com um pouco menos de peso. Porém, um pouco mais de indiÊs (-----------)
Muito legal cara. Continue produzindo.
Postar um comentário